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Os termos “DLT” e “blockchain” estão cada vez mais presentes no mundo das criptomoedas e tecnologias financeiras. Embora sejam frequentemente utilizados como sinônimos, eles possuem diferenças específicas.
Neste artigo, vamos explorar o significado de DLT (Distributed Ledger Technology), explicar como ele difere do blockchain e discutir sua relação com o Real Digital, a nova moeda digital anunciada pelo Banco Central do Brasil.
Vamos mergulhar nesse assunto e entender melhor o que é DLT e como ele se aplica ao Real Digital!
O que é DLT (Distributed Ledger Technology)?
DLT, ou Tecnologia de Registro Distribuído, é um sistema de armazenamento de dados distribuído por uma rede de computadores.
Diferente dos bancos de dados centralizados, em que as informações são controladas por uma autoridade central, a DLT permite que os dados sejam compartilhados e atualizados de forma independente pelos nós participantes da rede.
Essa descentralização elimina a necessidade de confiar em uma instituição central e oferece maior transparência e segurança nas transações financeiras.
Qual a diferença entre DLT e blockchain?
Embora toda blockchain seja uma forma de DLT, nem toda DLT é uma blockchain.
A blockchain é um tipo específico de DLT que utiliza uma cadeia de blocos para armazenar e organizar as transações.
Os blocos contêm informações verificadas e são encadeados através de criptografia, tornando difícil a alteração de dados anteriores.
Por outro lado, outros tipos de DLT utilizam estruturas de dados diferentes para armazenar as transações e podem adotar mecanismos de consenso distintos.
Quais são os 3 tipos de rede?
Existem três tipos principais de redes utilizadas em DLTs:
Redes Públicas
São redes abertas a qualquer participante e permitem que qualquer pessoa participe da validação e manutenção do registro distribuído.
Exemplos famosos de redes públicas são o Bitcoin e o Ethereum.
Redes Privadas
São redes restritas, em que o acesso é controlado e limitado a um grupo específico de participantes.
Essas redes são frequentemente utilizadas por organizações ou consórcios para facilitar transações entre membros selecionados.
Redes de Consórcio (Consortium Networks)
São redes semi-privadas que permitem a participação de um grupo selecionado de nós.
Essas redes são utilizadas quando há a necessidade de compartilhar informações confidenciais entre organizações ou entidades que possuem uma relação de confiança pré-estabelecida.
Qual a relação entre Real Digital e DLT?
O Real Digital é a moeda digital que está sendo desenvolvida pelo Banco Central do Brasil, chamada de Drex.
A escolha da rede Hyperledger Besu para a implementação do Real Digital demonstra o uso da tecnologia DLT nesse projeto.
A Hyperledger Besu é uma aplicação que permite a implementação e desenvolvimento da blockchain do Ethereum dentro da DLT da Hyperledger.
Isso significa que o Real Digital utilizará a estrutura de uma blockchain, com a segurança e confiabilidade associadas a essa tecnologia, porém, em uma rede permissionada e com acesso restrito.
Dessa forma, apenas os reguladores, como o Banco Central e outras instituições financeiras autorizadas, terão acesso às informações.
A escolha da DLT para o Real Digital baseia-se em seus benefícios e recursos.
A DLT oferece um sistema descentralizado e transparente, no qual as transações podem ser registradas e validadas de forma confiável.
Além disso, a DLT proporciona maior eficiência, redução de custos e maior segurança em comparação com os sistemas tradicionais.
Por que a Hyperledger Besu para o Real Digital?
Ao utilizar a Hyperledger Besu, que é uma aplicação híbrida, o Banco Central do Brasil pode combinar os benefícios da blockchain do Ethereum com a capacidade de operar em uma rede privada e permissionada.
Isso permite que as transações do Real Digital sejam registradas tanto na camada pública quanto na camada privada da rede.
A Hyperledger Besu funciona como um banco de dados que processa e registra as transações de forma normal, porém, apenas o registro final é publicado na rede pública.
Todos os detalhes e informações sensíveis permanecem protegidos na camada privada, acessíveis apenas para as partes autorizadas.
Com a implementação do Real Digital utilizando a DLT, o Banco Central do Brasil busca trazer mais transparência, segurança e eficiência para o sistema financeiro.
Além disso, a utilização da DLT pode abrir caminho para o desenvolvimento de novas aplicações e serviços financeiros inovadores no futuro.
Para resumir a DLT
A Distributed Ledger Technology (DLT) é uma tecnologia de registro distribuído que oferece transparência, segurança e eficiência para transações financeiras.
Embora o termo seja frequentemente associado ao blockchain, é importante entender que nem toda DLT é um blockchain.
Existem diferentes tipos de redes, como públicas, privadas e de consórcio, que podem ser utilizadas em projetos de DLT.
No caso do Real Digital, a escolha da rede Hyperledger Besu como plataforma para a moeda digital do Banco Central do Brasil demonstra a aplicação da DLT nesse projeto.
A Hyperledger Besu combina a tecnologia blockchain do Ethereum com uma rede privada e permissão, garantindo a segurança e confidencialidade das transações.
À medida que essa tecnologia continua a evoluir, podemos esperar que mais projetos e aplicações financeiras aproveitem os benefícios da DLT para transformar a maneira como conduzimos transações e interagimos com o dinheiro digital.
Portanto, a DLT desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do Real Digital e outras iniciativas semelhantes, abrindo caminho para uma nova era de transações financeiras mais eficientes, transparentes e seguras!
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