Câmbio e stablecoins: como a blockchain está transformando o comércio exterior | com Evandro Caciano

calendar_month 03/09/2025

O mercado de câmbio é uma das engrenagens mais relevantes da economia global. 

Muito além da compra de moedas para viagens, ele sustenta a balança de pagamentos, afeta a formação de juros e dá suporte a setores estratégicos como o agronegócio, responsável por grande parte das exportações brasileiras. 

Nesse cenário, a busca por eficiência, segurança e velocidade nas transações internacionais tornou-se central. 

A digitalização do sistema financeiro e a ascensão dos ativos virtuais colocaram a blockchain no centro dessa discussão. 

Entre as soluções que mais ganharam força estão as stablecoins, ativos digitais estáveis que prometem reduzir fricções em operações globais e inaugurar uma nova etapa para o comércio internacional. 

Foi justamente sobre esse ponto que o episódio do Talkenização com Evandro Cassiano trouxe reflexões valiosas, mostrando como câmbio e inovação tecnológica estão mais conectados do que nunca.

Confira o episódio completo!

O que diferencia as stablecoins

Ao contrário de criptoativos como o Bitcoin, marcados pela volatilidade, as stablecoins são criadas por mintagem e lastreadas em moeda fiduciária ou em ativos reais, como ouro. 

Essa estrutura garante previsibilidade de preço e aproxima a lógica digital da lógica financeira tradicional. 

Como destacou Evandro, essa previsibilidade é o que torna as stablecoins especialmente relevantes para o câmbio, já que operações de importação e exportação exigem estabilidade e confiança. 

Além da menor exposição ao risco de oscilação, o ganho está em aspectos como liquidação instantânea, operação em 24×7 e rastreabilidade completa das transações. 

Esses elementos reduzem a dependência de intermediários, ampliam a transparência e reforçam a segurança regulatória. 

Mais do que baratear processos, trata-se de agregar valor sistêmico, criando uma estrutura capaz de aproximar o câmbio da lógica de inovação que já transformou pagamentos domésticos com o Pix.

O que é o dólar 2.0?

No comércio exterior, a adoção das stablecoins pode representar uma virada de paradigma. 

Remessas que hoje levam dias para serem processadas em sistemas tradicionais poderiam ser liquidadas em segundos. 

Essa mudança explica o surgimento do termo “dólar 2.0”, utilizado para se referir à versão tokenizada da moeda norte-americana. 

Como lembrou Evandro no Talkenização, o conceito não significa substituir o dólar, mas explorar os benefícios tecnológicos de sua representação digital. 

A possibilidade de realizar transferências internacionais com maior agilidade e rastreabilidade traz ganhos incalculáveis para empresas que dependem da fluidez cambial. 

Ainda assim, a adoção encontra obstáculos. Entre eles, estão a falta de educação financeira sobre o tema, a necessidade de adoção institucional por grandes bancos e a importância de regras claras de regulação. 

O futuro do comércio internacional dependerá da superação dessas barreiras para que os ganhos da blockchain deixem de ser potenciais e passem a ser realidade cotidiana.

Do câmbio à tokenização: a próxima fronteira

As stablecoins são apenas a porta de entrada para uma transformação mais ampla. 

Ao estabilizar o câmbio e dar fluidez às remessas, elas abrem espaço para a tokenização de ativos e a utilização de smart contracts que automatizam garantias e reduzem a burocracia. 

Para Evandro, esse é o próximo passo natural: integrar moedas digitais estáveis, ativos tokenizados e contratos inteligentes em uma mesma infraestrutura. 

Assim, operações de comércio exterior poderiam ser liquidadas com pagamentos atrelados a documentos e garantias digitais, criando um sistema mais ágil, seguro e transparente

O câmbio deixa de ser apenas a troca de moedas e passa a ser parte de uma arquitetura integrada, onde cada transação é rastreável, auditável e programada para acontecer com precisão. 

É nessa convergência entre stablecoins e tokenização que está a oportunidade de construir um sistema financeiro global menos dependente de processos manuais e mais preparado para atender às demandas de uma economia digital.

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