O que é real digital, CBDC e stablecoins? E qual a diferença entre elas?
calendar_month 30/03/2023
O real digital é a mais recente iniciativa do Banco Central para modernizar o sistema financeiro brasileiro. Ele será uma versão digital do real, a moeda oficial do país, e tem como objetivo oferecer mais eficiência e segurança nas transações financeiras.
As CBDCs, por sua vez, são moedas digitais emitidas por bancos centrais, que buscam combinar as vantagens das moedas digitais com a estabilidade das moedas tradicionais.
Já as stablecoins são moedas digitais que têm seu valor atrelado a uma moeda fiduciária ou a um ativo, como ouro ou petróleo, e buscam oferecer maior estabilidade em relação às criptomoedas tradicionais, como o bitcoin.
Entenda melhor cada um desses tipos de moedas e como elas vão impactar a vida dos braisleiros!
O que é o Real Digital?
O Real Digital (Drex) será uma versão digital do real, a moeda oficial do Brasil, e terá a mesma função e valor do dinheiro físico.
Essa moeda digital utilizará tecnologia blockchain para garantir a segurança e a privacidade das transações financeiras. A blockchain é um registro público e descentralizado que permite a criação de transações confiáveis, seguras e imutáveis.
Os usuários poderão armazenar e transferir a moeda digital por meio de uma carteira virtual, que poderá estar disponível também em aplicativos de bancos e fintechs.
O objetivo do Banco Central com o Real Digital é oferecer mais eficiência e segurança nas transações financeiras, reduzir os custos das operações e promover a inclusão financeira de pessoas que não têm acesso a serviços bancários tradicionais.
Por mais que ainda não esteja disponível para uso, o Banco Central planeja lançar o Real Digital até o primeiro semestre de 2024. A implantação será feita de forma gradual, em parceria com as instituições financeiras e com o setor empresarial e terá um período de testes ainda em 2023.
O Real Digital pode mudar a forma como realizamos transações financeiras no Brasil. Com ele, será possível realizar transações mais rápidas e baratas, sem a necessidade de intermediários, como bancos e cartões de crédito.
Além disso, o Real Digital pode contribuir para a redução da informalidade e da corrupção, uma vez que todas as transações ficarão registradas na blockchain e serão facilmente rastreáveis.
O que é CBDC e qual a diferença para o Real Digital?
CBDC é a sigla para Central Bank Digital Currency, ou Moeda Digital de Banco Central.
É uma forma de moeda digital emitida pelo banco central de um país, com o objetivo de modernizar o sistema financeiro e melhorar a eficiência das transações financeiras. A CBDC é semelhante ao dinheiro físico, ou seja, gerenciada por um banco central.
A principal diferença entre o CBDC e o Real Digital é que o CBDC pode ser uma moeda digital emitida por qualquer banco central no mundo, enquanto o Real Digital é uma moeda digital específica para o Brasil, emitida pelo Banco Central do Brasil.
Outra diferença é que o CBDC pode ter diferentes tecnologias e características, enquanto o Real Digital é baseado em tecnologia blockchain e terá valor equivalente ao real.
Além disso, a CBDC pode ser programada com recursos avançados, como contratos inteligentes, que permitem a automatização de pagamentos e outras transações financeiras.
Uma das vantagens do CBDC é que ele pode ajudar a reduzir a dependência do dinheiro físico e aumentar a inclusão financeira, permitindo que pessoas que não têm acesso a serviços bancários tradicionais possam fazer transações financeiras por meio de carteiras digitais.
Em resumo, o CBDC é uma forma de moeda digital emitida pelo banco central de um país, enquanto o Real Digital é a moeda digital específica para o Brasil.
O que é stablecoin e por que são diferentes do Real digital?
Stablecoins são moedas digitais que têm seu valor vinculado a um ativo subjacente, como o dólar americano, o ouro ou outras criptomoedas.
Elas são projetadas para serem estáveis e previsíveis em valor, ao contrário das criptomoedas tradicionais. Ou seja, são criadas com o objetivo de fornecer uma alternativa menos volátil para as transações em criptomoedas.
A principal diferença entre as stablecoins e o Real Digital é que as stablecoins são moedas digitais descentralizadas, enquanto o Real Digital é uma moeda digital emitida pelo Banco Central do Brasil.
Esse aspecto descentralizado das stablecoins pode ser atraente para pessoas que desejam se libertar das restrições dos sistemas financeiros tradicionais e ter mais controle sobre seu próprio dinheiro.
Por outro lado, embora as stablecoins sejam lastreadas em ativos reais, elas não são garantidas pelo governo, ao contrário do Real Digital, que tem seu valor garantido pelo Banco Central e pelo governo brasileiro.
Uma das principais vantagens das stablecoins é que elas podem ser usadas para realizar transações internacionais com rapidez e eficiência, sem as taxas e burocracias envolvidas nas transferências bancárias tradicionais.
No entanto, as stablecoins também têm seus desafios, como a dependência de ativos subjacentes que podem flutuar em valor e o risco de manipulação por empresas privadas que emitem essas moedas. Além disso, a falta de regulamentação em torno das stablecoins pode representar um risco para a estabilidade financeira.
Para resumir
Em resumo, o Real Digital, CBDC e stablecoins são conceitos importantes que estão mudando o panorama financeiro global.
Enquanto o Real Digital está sendo desenvolvido para ser a moeda digital oficial do Brasil, as stablecoins e outras CBDCs são opções alternativas que oferecem diferentes graus de descentralização e privacidade.
As stablecoins são vistas como uma opção viável para pessoas que desejam se libertar dos sistemas financeiros tradicionais e ter mais controle sobre seu próprio dinheiro.
Por outro lado, o Real Digital tem o potencial de oferecer maior segurança e inclusão financeira para os brasileiros, além de reduzir a circulação de dinheiro em papel e os custos associados a ele.
No entanto, é importante lembrar que a implementação dessas novas tecnologias deve ser cuidadosamente planejada para garantir que elas sejam seguras e acessíveis a todos.
Além disso, a regulamentação e a supervisão adequadas são essenciais para proteger os consumidores e garantir a estabilidade do sistema financeiro.
Resumindo, a adoção dessas novas tecnologias deve ser guiada pelo princípio da inclusão financeira, segurança e eficiência, para garantir que os benefícios sejam compartilhados por todos os cidadãos.
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