O que é Metaverso, qual seu estado e quando se tornará real?
calendar_month 23/12/2021
O metaverso se popularizou recentemente, mas a realidade é que ele já está entre nós. Vamos explicar de forma simples para você entender tudo sobre o tema, desde onde já estamos até onde o metaverso pode chegar.
O que é metaverso? Como ele funciona? Qual o seu estado atual e em quanto tempo ele se tornará real? Essas e outras dúvidas serão respondidas ao longo do conteúdo.
Boa leitura!
O que é Metaverso?
De maneira simples, um metaverso é um espaço digital que envolve representações digitais de pessoas, lugares e coisas. Em outras palavras, é um mundo digital com pessoas reais que compartilham objetos digitais.
Se pararmos para pensar, o Teams da Microsoft ou o Zoom já são uma forma de metaverso. Você “está lá” na sala, mas você pode ser uma imagem estática, um avatar ou um vídeo ao vivo.
Ou seja, é um conceito mais amplo de “fazer com que as pessoas se aproximem”
E pode ser usado para muitas coisas, como reuniões, integração e onboarding, treinamentos e até visitas a fábricas ou escritórios. Na verdade, quase todos os programas de RH ou de talentos podem ser reconfigurados para o metaverso.
O melhor é que, se você usar os óculos de realidade aumentada, o metaverso é de fato completamente imersivo.
Muitas empresas irão participar deste espaço. O Facebook, claro, optou por mudar o nome de toda a sua empresa para marcar uma posição. A Microsoft já tem uma presença importante.
Mas vai ser muito maior! Todas as empresas de tecnologia, varejistas, e empresas de entretenimento querem entrar.
E, se tudo isso já está se tornando real, por que a ideia de metaverso ainda parece tão distante?
Porque a vida virtual no facebook soa estranha?
Se você perguntar para especialistas no tema de mundos Metaverso, vão explicar que foi pensado anos atrás em livros de ficção científica.
Mas para o resto de nós, soa como algo assustadora que Zuckerberg planejou para capturar todas as nossas informações e nos vender mais anúncios.
Infelizmente, como foi o Facebook que apresentou a ideia inicialmente, ainda existem muitas teorias conspiracionistas sobre o valor do metaverso. Por outro lado, ele já é real e o valor para nossas vidas pode ser grande.
É importante ter em mente que, provavelmente, não vai haver um Metaverso, mas diversos “metaversos”.
Alguns para negócios, outros para comércio, outros para educação e outros para entretenimento. Hoje, estamos falando bem mais sobre os voltados para negócios, mas as outras aplicações já estão a caminho.
Qual é o estágio atual do metaverso?
O paradoxo em definir o metaverso é que, para que ele seja o futuro, precisamos entender o presente.
Já temos MMOs (Massive Multiplayer Online), que são essencialmente mundos virtuais inteiros, concertos digitais, videochamadas com pessoas de todo o mundo, avatares online e plataformas de comércio.
Hoje, se você substituir mentalmente a expressão “metaverso” em uma frase por “ciberespaço”, noventa por cento das vezes, o significado não mudará substancialmente.
Portanto, para vender essas coisas como uma nova visão de mundo, algum elemento novo precisa aparecer.
O hype e a empolgação sobre o assunto é uma parte do metaverso como qualquer outra. Por isso, não surpreende que as pessoas que já estão ligadas aos NFTs estão já engajadas com a ideia de um metaverso.
Embora seja tentador comparar as ideias de metaverso que temos hoje com o início da internet e assumir que tudo vai melhorar e progredir de forma linear, isso não está dado.
Não há nenhuma garantia de que as pessoas vão querer sequer sair sem pernas em um escritório virtual ou jogar pôquer com um avatar de Mark Zuckerberg.
Também não temos certeza se a tecnologia VR e AR alguma vez se tornará suficientemente perfeita para ser tão comum quanto os smartphones e computadores são hoje em dia.
Inclusive, pode ser que o “metaverso” se torne um pouco mais do que alguns jogos VR e avatares digitais legais em chamadas Zoom, ou seja, algo que ainda pensamos como a Internet.
Mas isso não é motivo para desânimo! É importante conhecer o momento atual, porém, existem muitas expectativas sobre o que o metaverso pode fazer.
O que um metaverso de negócios poderia fazer?
Primeiramente, o Metaverso hoje está basicamente no mesmo estágio que a Internet estava durante os anos 1990 ou começo dos anos 2000.
Há muitas coisas novas por vir, a web inicial era toda baseada em texto, era lenta, e não havia sequer um vídeo, por exemplo.
O metaverso focado em business já está tomando forma. O que implica em uma enorme variedade de aplicações, de onboardings e treinamento a desenvolvimento de líderes, reuniões, experiências simuladas e, claro, entretenimento.
No mundo de home office que estamos, isso também significa, por exemplo, grandes encontros entre colaboradores à distância.
Grandes empresas, como a Microsoft, já vêm experimentando essa tecnologia há um tempo, principalmente quando se trata de espaços digitais 3D e avatares.
E, quando se trata de “ser” um avatar, o valor pode ser muito maior do que muitas pessoas imaginam.
Muitas pesquisas já apontam que pessoas usando avatares podem se tornar mais expressivas, honestas e se sentirem mais seguras.
A empresa de treinamento Mursion percebeu que o aprendizado por meio de avatares permite que as pessoas sejam mais autênticas em suas experiências, fazendo com que aprendam e mudem comportamentos mais facilmente do que no treinamento presencial.
Isso também é realidade para pessoas mais tímidas e introvertidas, que podem ser “elas mesmas” de uma maneira nova e mais interessante através de avatares.
Além disso, podemos abrir novas gamas de conversas e interações, que têm chance de ser desconfortáveis ou impossíveis em um ambiente tradicional. Embora, isso também possa se tornar um perigo em relação a discursos de ódio.
Por fim, também será muito mais barato e simples realizar treinamentos operacionais, em fábricas, para pilotos de avião e diversos setores.
Tudo isso, ficará ainda maior conforme mais empresas explorarem todos os potenciais de um metaverso.
Em quanto tempo tudo isso se tornará realidade?
Mark Zuckerberg, CEO do Meta (antigo Facebook), estima que pode levar de 5 a 10 anos até que as principais características do metaverso se tornem comuns.
Mas, atualmente, existem aspectos do metaverso já em circulação, como velocidades de banda larga ultra-rápidas, fones de ouvido de realidade virtual e mundos on-line persistentes que já estão em funcionamento, mesmo que não sejam acessíveis a todos.
Além disso, ainda existem muitas aplicações mais ousadas para acontecer. Tokens, NFTs e criptomoedas farão parte do metaverso, permitindo com que a gente compre, possua, licencie e proteja nossos ativos digitais.
Teremos um enorme foco em privacidade, segurança e proteção de dados, uma vez que os dados 3D capturados do metaverso serão mais volumosos do que nunca.
E conforme os óculos e fones de ouvido ficam mais baratos, essas aplicações vão impactar cada vez mais nossa vida e nosso trabalho, em casa e nos fins de semana.
Também presenciaremos apropriações de terra e produtos virtuais.
As marcas já estão adquirindo imóveis valiosos (“espaços virtuais”) em videogames. A Nike, por exemplo, acaba de patentear produtos digitais, portanto, eles venderão produtos digitais no futuro.
Antes de achar que estamos em um pesadelo distópico, considere os aspectos positivos dessas mudanças.
Muitas das tecnologias que estamos construindo há anos (blockchain, VR, AR, sensores, câmeras, 5G) estão agora se unindo.
O Metaverso que conhecemos hoje pode parecer estranho ou incomum no início, mas logo você verá aplicações reais chegando.
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