O que é DAO? Entenda mais sobre a organização autônoma descentralizada!
calendar_month 05/05/2022
Com o crescimento cada vez maior da Web 3.0 e dos NFTs no mercado, é essencial compreender diversos conceitos que estão atrelados a essas tecnologias, como, por exemplo, a DAO.
E é sobre ela que iremos falar no artigo de hoje. Continue lendo e descubra mais sobre a organização autônoma descentralizada!
O que é a DAO?
Ele é a sigla para decentralized autonomous organizations (ou, traduzindo, organizações autônomas descentralizadas). Podemos dizer que é a mais nova forma de organização que vem mexendo com as estruturas do mundo dos investimentos.
Por serem descentralizadas, essas organizações não possuem qualquer tipo de sede principal, substituindo formatos tradicionais de hierarquias, com o controle sendo dividido por holders de criptomoedas, e sendo desenvolvidas através de regras automaticamente executadas em uma Blockchain.
Podemos comparar a operação de uma DAO com máquinas, uma vez que a tarefa que for delegada a ela é realizada por Smart Contracts pré-programados para serem executados mediante ações específicas.
O conceito das DAOs foi desenvolvido por Vitalik Buterin, cofundador do Ethereum, em 2013, sendo chamadas inicialmente de corporações autônomas descentralizadas (decentralized autonomous corporations ou DACs).
Como as DAOs funcionam?
O funcionamento de uma DAO irá depender dos objetivos da comunidade, que irá programá-la e adaptá-la de acordo com eles. Assim, o código é escrito no formato de Smart Contracts, que fornecem à comunidade um tipo de mecanismo de governança.
Além disso, os membros da comunidade utilizam tokens de governança para votar em decisões tomadas pela DAO, como, por exemplo, a alocação de fundos. Caso existam muitas DAOs, o peso do voto de um membro pode variar de acordo com o quanto ele contribuiu financeiramente para o projeto. Desta forma, o resultado pode ter como base o grau de participação, além da preferência de voto.
Quais vantagens que uma DAO traz?
As DAOs trazem mais transparência para as informações, principalmente em votações, decisões de financiamento e outras ações, que podem ser acessadas por qualquer pessoa da comunidade.
Além disso, por serem descentralizadas e não possuírem uma sede principal, as DAOs dão mais poder aos membros da comunidade, permitindo que pessoas do mundo todo possam contribuir para as organizações e possuindo menos barreiras de entrada que outros tipos de empresas.
O conceito das DAOs está enraizado firmemente no DeFi, possuindo muitas ferramentas que podem ser organizadas e configuradas na forma que for mais necessária para as organizações, uma vez que poucas coisas precisam ser desenvolvidas do zero. Isso torna uma DAO bem mais barata.
Por último, mas certamente não menos importante, as DAOs trazem bastante o senso de coletividade para a comunidade, uma vez que todos podem participar e possuírem voz nela, além de juntar conhecimento e permitir que especialistas possam investir no desenvolvimento do ecossistema.
A DAO terá um papel cada vez maior conforme o mundo vai migrando para a Web 3.0, “moldando e pavimentando as estradas” para empresas totalmente descentralizadas migrarem também.
E quais as desvantagens?
Por não possuir hierarquias e figuras de autoridade definidas, as DAOs possuem operações mais lentas caso as decisões demorem mais para serem tomadas. Além disso, quando há grandes divergências entre a comunidade, a DAO pode acabar “rachando”, o que dificilmente acontece em organizações com uma figura principal no comando.
Apesar de apresentar um senso de comunidade e de que todos têm voz, na prática, algumas DAOs podem se assemelhar muito a organizações tradicionais, com aqueles que possuem mais tokens tomando as principais decisões.
Outro ponto a ser levado em consideração é a legalidade das DAOs. Isso porque, no âmbito jurídico, uma empresa é reconhecida através de uma pessoa jurídica, pelo menos na legislação vigente no Brasil.
E o ponto que mais se destaca em uma DAO é justamente o fato de ela ser descentralizada, ou seja, não possuir qualquer tipo de representante – a pessoa jurídica dela – para responder por suas estruturas.
Esperamos que você tenha entendido mais sobre as DAOs e como elas irão ganhar cada vez mais destaque nos próximos anos.
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