Cessão fiduciária: o que é, como funciona e por que usar em operações de crédito

calendar_month 19/05/2025

A busca por mitigar os riscos em operações de crédito tem impulsionado o uso de instrumentos tradicionais, mas com novas abordagens. 

É o caso da cessão fiduciária, uma garantia que protege o investidor e dá flexibilidade para quem precisa captar recursos. 

Presente em diversas operações estruturadas, e agora integrada a soluções digitais como blockchain, essa estrutura vem ganhando destaque no mercado brasileiro.

Neste artigo, te explicaremos o que é cessão fiduciária, como ela funciona em operações de crédito e qual sua relevância para empresários e investidores que buscam mais segurança e previsibilidade. Vamos nessa? 

O que é cessão fiduciária e como funciona na prática?

A cessão fiduciária é uma forma de garantia em que um bem ou direito é transferido ao credor de forma provisória até a quitação da dívida. 

Isso significa que o credor se torna o titular do ativo, mas o devedor pode continuar usufruindo dele desde que cumpra as obrigações assumidas.

Nas operações de crédito, é comum que empresas usem seus direitos creditórios como garantia. 

Esses ativos incluem contratos, duplicatas, aluguéis ou qualquer outro fluxo futuro de caixa que possa ser previsto. Esses direitos são cedidos fiduciariamente aos investidores como uma forma de mitigar o risco da operação.

A principal vantagem desse modelo é que a execução da garantia pode acontecer de forma extrajudicial, sem a necessidade de longos processos judiciais. 

Isso torna a operação mais eficiente e reduz os custos envolvidos tanto para quem investe quanto para quem capta.

Por que a cessão fiduciária é vantajosa para empresas e investidores?

Para quem está captando recursos, a cessão fiduciária é uma forma de oferecer garantias sem comprometer bens estratégicos ou diluir participação societária. 

Isso é especialmente útil em operações com notas comerciais ou tokens de dívida, que permitem uma estruturação mJade Cabecasaais enxuta e direta.

Já para os investidores, essa garantia representa uma camada extra de proteção

Como os ativos estão formalmente cedidos no momento da operação, há mais previsibilidade na recuperação dos valores em caso de inadimplência. Isso também contribui para que a remuneração exigida pelo investidor seja mais competitiva, já que o risco da operação é reduzido.

Outro ponto relevante é a possibilidade de acompanhamento

Em estruturas mais sofisticadas, como as utilizadas em operações tokenizadas, o monitoramento dos recebíveis pode ser feito de forma automatizada, o que amplia a transparência e facilita a gestão dos fluxos envolvidos.

Como blockchain e tokenização potencializam a cessão fiduciária

A integração da cessão fiduciária com tecnologias como blockchain e contratos inteligentes têm ampliado o potencial desse tipo de garantia. 

Para além do registro dos contratos em cartórios ou documentos físicos, agora é possível formalizar digitalmente as cessões em redes descentralizadas e imutáveis.

Isso significa que o investidor pode acompanhar, em tempo real, a existência e a validade dos ativos cedidos. 

Operar com tokens de operações lastreadas em recebíveis, como os TIDCs, é uma forma de usar a cessão fiduciária com maior eficiência e rastreabilidade. 

Essa combinação de garantias jurídicas com infraestrutura digital ajuda a tornar o mercado de crédito mais seguro, acessível e transparente.

O que analisar antes de investir em uma operação com cessão fiduciária?

Mesmo sendo uma estrutura robusta, a cessão fiduciária exige cuidado na análise. 

É importante avaliar se os ativos cedidos são válidos, documentados e se têm fluxo de caixa previsível. 

Também é essencial verificar se a operação está registrada corretamente e se conta com mecanismos de fiscalização adequados.

Essa responsabilidade, muitas vezes, fica com a empresa que está estruturando a operação, principalmente as securitizadoras.

A cessão fiduciária se consolida como um instrumento essencial para o presente e o futuro do crédito. Ao unir a segurança jurídica à eficiência digital, ela amplia as possibilidades tanto para quem investe quanto para quem busca recursos de forma estruturada.

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