
O que faz um gestor de fundos e qual é o seu papel?
calendar_month 23/04/2025
Fundos de investimento são estruturas criadas para reunir o capital de diversos investidores com um objetivo comum: aplicar esse dinheiro de forma estratégica em diferentes ativos. Esses fundos podem investir em renda fixa, ações, imóveis, recebíveis e outros instrumentos financeiros.
Em troca, os investidores recebem cotas proporcionais à sua participação — e aos seus resultados.
Mas o que determina quais ativos entram ou saem da carteira? Quem decide se o fundo vai se expor mais a um setor ou diversificar em vários?
Essa responsabilidade é do gestor de fundos, figura essencial para o bom desempenho de qualquer veículo de investimento coletivo.
Entender esse papel é fundamental para quem investe ou busca estruturar captações mais inteligentes no mercado financeiro, então no artigo de hoje vamos entender quais são as responsabilidades do gestor de fundos e seus diferentes tipos.
Quem é o gestor de fundos?
O gestor de fundos é o profissional ou empresa responsável por tomar todas as decisões relacionadas à alocação dos recursos do fundo.
Ele avalia o cenário econômico, identifica oportunidades, analisa riscos e executa as movimentações que definem a carteira. Sua missão é alcançar os objetivos traçados no regulamento do fundo — sempre respeitando os limites de risco e a política de investimentos preestabelecida.
Esse papel exige visão estratégica, profundo conhecimento técnico e, acima de tudo, disciplina.
O gestor não tem liberdade total: ele deve seguir normas rígidas estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), respeitar os interesses dos cotistas e manter a operação dentro dos padrões de governança e conformidade exigidos pelo mercado.
Gestor e administrador são a mesma coisa?
A função do gestor é diferente da do administrador de fundos, embora ambas sejam indispensáveis.
O gestor cuida da estratégia: decide onde aplicar, como diversificar, quando entrar ou sair de uma posição.
Já o administrador é responsável pela operação do fundo — realiza a escrituração das cotas, calcula o valor da cota diariamente, presta contas à CVM, controla os fluxos financeiros e garante o cumprimento de todas as obrigações legais.
Essas funções podem ser desempenhadas por empresas distintas, o que é comum no mercado.
Em alguns casos, a mesma instituição pode assumir os dois papéis, desde que tenha autorização para isso. A separação entre as funções reforça a transparência e evita conflitos de interesse, o que traz mais segurança para quem investe.
O que envolve o trabalho do gestor de fundos?
O dia a dia de um gestor é intenso. Ele precisa acompanhar o mercado de perto, tomar decisões ágeis e embasadas, além de manter o fundo alinhado à sua estratégia original. Análises macroeconômicas, avaliação de balanços de empresas, monitoramento de riscos e leitura de movimentos políticos e regulatórios fazem parte da rotina.
Mais do que saber escolher ativos, o gestor precisa saber dizer não. Manter a disciplina diante de euforias de mercado, proteger o fundo em momentos de estresse e equilibrar a carteira quando necessário são atitudes que fazem a diferença no longo prazo.
Isso vale tanto para fundos de ações quanto para fundos de crédito, imobiliários ou multimercado.
A cobrança também é constante. Os cotistas acompanham os resultados de perto e, muitas vezes, comparam o desempenho com benchmarks ou fundos concorrentes. O mercado valoriza gestores com histórico consistente, boa comunicação com o público e capacidade de adaptação.
Como a tokenização muda o jogo da gestão
Com o avanço da tokenização de ativos, a atividade de gestão está ganhando novas ferramentas.
Fundos que tokenizam suas cotas ou os ativos da carteira podem operar com mais agilidade, transparência e eficiência — tudo graças ao uso de blockchain e smart contracts.
Os ganhos são expressivos:
- Automação de processos operacionais, como distribuição de rendimentos, atualização de saldos e liquidação de operações;
- Transparência nas movimentações, com registros públicos e imutáveis, auditáveis em tempo real por cotistas e administradores;
- Redução de custos com intermediários, processamento e controle manual;
- Acesso facilitado a novos investidores, graças à possibilidade de fracionamento das cotas tokenizadas e à distribuição digital via plataformas;
- Governança fortalecida, com regras implementadas diretamente em contratos inteligentes, o que diminui o risco de falhas humanas e aumenta a conformidade.
Para o gestor, essas mudanças não substituem seu papel, mas aprimoram sua capacidade de atuação.
Com dados mais precisos, processos mais rápidos e visibilidade maior sobre os ativos, o profissional pode tomar decisões com mais segurança — e prestar contas de forma mais transparente.
Como escolher um bom gestor de fundos — e por que isso importa
Com tantas responsabilidades envolvidas, escolher um gestor de fundos vai muito além de analisar resultados passados.
É preciso entender como ele se posiciona diante de diferentes cenários, se mantém coerência com a estratégia do fundo e se adota boas práticas de governança e transparência.
Um bom gestor domina não só os fundamentos dos ativos que compõem o portfólio, mas também o comportamento do mercado e as demandas dos cotistas.
Para empresários que pretendem captar recursos via fundos estruturados, como FIDCs, a escolha de um gestor experiente pode ser decisiva para atrair investidores.
A capacidade de estruturar operações seguras, comunicar riscos de forma clara e ajustar estratégias conforme o perfil de quem investe faz toda a diferença no sucesso da captação.
A versatilidade do gestor também conta. Fundos de renda fixa, ações, crédito ou imobiliários exigem perfis distintos de gestão — e um gestor preparado sabe adaptar sua atuação conforme o tipo de fundo, o momento econômico e o grau de risco que está disposto a assumir.
A evolução do gestor na era da tokenização
Como falamos, a adoção de blockchain, smart contracts e a tokenização de ativos estão reformulando o papel do gestor de fundos.
Mas isso não reduz sua importância — apenas amplia as possibilidades e o nível de exigência.
Hoje, quem está à frente de um fundo precisa aliar conhecimento técnico à capacidade de operar com eficiência em um mercado digital e descentralizado.
Gestores que dominam essas novas ferramentas conseguem construir operações mais ágeis. Além disso, agregam mais segurança jurídica, controle de riscos e confiabilidade à estrutura do fundo.
Isso atrai investidores, melhora a percepção de valor da operação e permite que as estratégias sejam executadas com mais fluidez.
No fim das contas, o gestor de fundos continua sendo o principal responsável por conectar capital e oportunidades — agora, com o apoio de tecnologias que fortalecem sua atuação.
Quem souber incorporar essas inovações de forma inteligente seguirá liderando o mercado em direção ao futuro.
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